Atlas das Pastagens da UFG com âmbito nacional
Público e gratuito, Atlas das Pastagens foi desenvolvido pelo Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento da Universidade Federal de Goiás (Lapig/UFG).
O Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento da Universidade Federal de Goiás (Lapig/UFG) lançou o Atlas das Pastagens, uma plataforma digital pública e gratuita que reúne dados sobre o agronegócio em todo o País. Desenvolvido a partir da iniciativa MapBiomas, o projeto disponibiliza informações inéditas sobre as áreas utilizadas pela pecuária e agricultura no Brasil ao longo do tempo, com precisão variando de 1 a 100 hectares.
Atualmente, a ferramenta disponibiliza seis bases de dados: mapeamento das áreas ocupadas por pastagens no Brasil; qualidade dessas áreas; mapeamento dos estoques de carbono das pastagens no bioma Cerrado; informações sobre o rebanho bovino a partir de dados do IBGE; séries temporais de classificação de uso e cobertura da terra por inspeção visual de dados dos satélites Landsat; e avaliação da condição das pastagens em campanhas de campo.
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Pelo Atlas é possível, por exemplo, perceber o avanço das áreas destinadas à pastagem no Brasil desde 1985 (ver quadro abaixo), como estão os estoques de carbono do solo brasileiro ou qual a qualidade das pastagens no país. No mapa da esquerda, a área de pastagem no Brasil, em 1985; à direita, a área em 2020 (Atlas das Pastagens).
Segundo o professor da UFG e diretor do Instituto de Estudos Socioambientais, Laerte Guimarães Ferreira Júnior, é necessário entender melhor o território brasileiro e, especialmente, onde estão localizadas as áreas de pastagem, e o Atlas contribui para o acesso à informação por jornalistas, pesquisadores, iniciativa privada, órgãos públicos e sociedade civil organizada. “Acreditamos em ciência aberta. Com o Atlas, setores do Brasil inteiro podem utilizar o mapeamento realizado pela UFG, com enorme precisão. A plataforma, inclusive, deixa acessível as informações de como os dados e códigos foram gerados”.
O professor chama a atenção para a aceleração do processo de desmatamento no país, que já consumiu 35% do território brasileiro – um terço disso desmatado nos últimos 40 anos. “Estamos falando de décadas recentes. Entre as áreas convertidas da vegetação natural, a principal foi para a produção de pastagens”.
Ao admitir que a pecuária é um recurso importante para o país, uma vez que boa parte da carne é produzida em pasto, o professor destaca a importância de se fazer o uso inteligente das pastagens para evitar novas degradações. “Para isso, é fundamental conhecer a realidade do território nacional”.
Fonte: Jornal UFG