Santa Catarina faz 1º flagrante de desmatamento usando ferramenta geo
O governo de Santa Catarina fez, na semana passada, o primeiro flagrante de desmatamento ilegal usando o Sistema Integrado de Monitoramento e Alertas de Desmatamento (Simad), do Instituto do Meio Ambiente (IMA). Foram emitidos alertas para seis áreas de três municípios da Grande Florianópolis – Angelina, Águas Mornas e São Bonifácio. Graças ao ágil monitoramento que a ferramenta permite, os técnicos do IMA chegaram rapidamente aos locais acompanhados de policiais ambientais para caracterizar o flagrante e aplicar as multas cabíveis.
Para o presidente do IMA, Daniel Vinicius Netto, a fiscalização totalmente orientada pelo sistema de geoprocessamento foi um marco histórico para o Instituto: “O sistema traz mais celeridade na repressão de crimes ambientais. Também permite mais autonomia ao IMA para disparar alertas a outros órgãos de fiscalização e reduzir cada vez mais os desmatamentos ilegais em Santa Catarina”.
Lançado em junho do ano passado e único do gênero no Estado, o Simad é um dos sistemas mais modernos do país, capaz de perceber onde ocorre supressão da vegetação, emitindo alertas cada vez que isso é detectado. O sistema faz o cruzamento automático com outros bancos de dados, como o de licenciamento, autos de infração, Cadastro Ambiental Rural (CAR) e o de espaços territoriais especialmente protegidos (APP, Reserva Legal, unidades de conservação).
O diretor de Engenharia e Qualidade Ambiental do órgão, Fábio Castagna da Silva, explica que “o Simad foi desenvolvido para atender necessidades específicas dos órgãos de fiscalização do Estado, reduzindo deslocamentos desnecessários em função de imprecisão de informações“. Por enquanto, o Simad não pode ser acessado publicamente, mas O IMA afirma que, em breve, irá disponibilizar um painel público com imagens e informações sobre o desmatamento em Santa Catarina.
Imagens de satélite contra o desmatamento
Para acompanhar o terreno, o Simad usa imagens orbitais de alta resolução capazes de perceber a diferença de cobertura vegetal ocorrida em todo território catarinense e avalia mosaicos com até 4,7 centímetros de resolução espacial disponibilizados pelo programa NICFI, em parceria com o governo da Noruega.
“O alerta é gerado por programas computacionais de código aberto e portanto sem custos para o Estado. Analisamos se houve autorização para supressão, incluindo informações de responsabilidade do IMA e as disponibilizadas pelo Sinaflor, do Ibama, além de informações da área, como histórico de uso do solo, informações do CAR, entre outros”, explica o gerente de Gestão de Informações Ambientais e Geoprocessamento do IMA, Diego Silva.
Fonte: Governo de SC e Correio de Santa Catarina