IBGE lança base cartográfica vetorial contínua para o RS
O IBGE lança a Base Cartográfica Vetorial Contínua do Estado do Rio Grande do Sul na escala 1:100.000, na qual 1cm equivale a 1km no terreno. Esse é o quinto conjunto de dados geoespaciais vetoriais lançados pelo Projeto BC100, para mapeamento das 27 unidades da federação nessa escala. Além do Rio Grande do Sul, já estão totalmente mapeados os estados de Goiás, Espírito Santo, Sergipe e o Distrito Federal.
As principais aplicações dessa base envolvem programas de governo com enfoque territorial, análises que demandem uma visão de conjunto das Unidades da Federação, bem como subsídio para a representação de aspectos temáticos – sociais, econômicos e ambientais – do território. É um documento cartográfico básico para o planejamento setorial de obras de infraestrutura como energia, transporte, comunicações, entre outros.
A publicação da Base oferece à sociedade um mapeamento planimétrico digital, através de uma base cartográfica contínua e compatível com os requisitos de precisão do Sistema Cartográfico Nacional (SCN) e adequada aos padrões e normas da Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (INDE).
O produto foi elaborado utilizando como insumo imagens de satélite cobrindo todo o território gaúcho, dados levantados por pesquisas do IBGE, a cartografia oficial do estado (Base Cartográfica do Estado do Rio Grande do Sul em escala 1:25.000, lançada pela Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura), e informações de órgãos parceiros.
“Desta vez, tivemos um grande desafio. A BC100_RS foi inteiramente produzida em regime de teletrabalho”, explica Juliane Silveira, gerente de Geodésia e Cartografia da Unidade Estadual de Santa Catarina do IBGE. “Em março de 2020, iniciamos o teletrabalho emergencial, em razão da pandemia. Conforme o planejamento teríamos de começar esse trabalho em abril. Em menos de um mês, adaptamos todo o processo de produção, que ocorria dentro da rede do IBGE, em banco de dados consolidado, para um regime descentralizado, exigindo esforço redobrado da equipe. Esse projeto quebrou paradigmas da produção cartográfica do IBGE e o resultado é mais um produto com a mesma marca de excelência”, complementa.
Essa base digital está em formato livre (Shape File, GeoPackage e dump do banco PostGis), para utilização em Sistemas de Informação Geográfica, sendo compatível, inclusive, com softwares livres e gratuitos, e pode ser acessada aqui e por meio de geosserviço, via Plataforma Geográfica Interativa do IBGE.
“Vemos um grande benefício para quem necessita de informações das regiões mais afastadas dos grandes centros urbanos”, comenta Juliane, enfatizando que as zonas rurais são as mais beneficiadas por esse mapeamento, pois sofrem com “apagão” de dados. “Tentamos minimizar esse problema trazendo a mesma densidade de informação tanto para zonas urbanas quanto rurais”, afirma a gerente.
A modelagem segue a norma vigente no sistema de referência SIRGAS2000 e as Especificações Técnicas para a Estruturação de Dados Geoespaciais Vetoriais na versão 3.0 (ET-EDGV 3.0), contemplando classes de 13 das categorias de informação previstas: Estrutura Econômica; Energia e Comunicações; Hidrografia; Limites e Localidades; Relevo; Sistema de Transporte; Sistema de Transporte/ Aeroportuário; Sistema de Transporte/ Dutos; Sistema de Transporte/ Ferroviário; Sistema de Transporte/ Hidroviário; Sistema de Transporte/ Rodoviário; Classes Base do Mapeamento Topográfico em Grandes Escalas; e Edificações.
O produto apresenta ainda a lista dos nomes geográficos no formato CSV, para serem visualizados em ambiente SIG, onde é possível localizar, através de suas coordenadas geográficas, todos os nomes geográficos que integram a base, representados por pontos. Os nomes presentes nas listas estão associados, além de suas latitude e longitude, às respectivas categorias e classes dos elementos representados.
Fonte: Agência IBGE